Desço fundo
Procuro os meus restos mortais
Nos mais vastos estratos do passado
E não os encontro
Convivo com outros que lá perpetuam
Mas não os encontro ...
Talvez quando me esclarecer com os estratos superiores...
Perdi-me encontrando-me
Com os braços doridos
As costas pesadas
Flageladas por olhares indignos
As pernas magoadas
As pernas magoadas
Os pés ensaguentados
E com dificuladade em andar
E com dificuladade em andar
As mãos presas e atadas
Pintadas de cardos
Qual notas tocadas
O peito ferido em escrita esquerda
Sem palavras
O peito ferido em escrita esquerda
Sem palavras
Em tinta negra não herdada
Desfigurada em pele senil
Os cabelos brancos sem vida
Envolto num esquecimento que me atormenta
Desfigurada em pele senil
Os cabelos brancos sem vida
Envolto num esquecimento que me atormenta
Sem vinda e sem ida
Mas com o fogo fátuo
Que emana das sepulturas
Que beija as noites
E abraça quem o vê
Que emana das sepulturas
Que beija as noites
E abraça quem o vê
Em universais culturas
Numa dança desconcertada
Regada de inebriantes açoites
Em escaladas íngremes e duras
Com Magia sempre...
Afinal a morte tem Magia
E possui Fogo
O Amor é só o que os esquenta
Neste baile onde o labirinto é impiedoso
Em escaladas íngremes e duras
Com Magia sempre...
Afinal a morte tem Magia
E possui Fogo
O Amor é só o que os esquenta
Neste baile onde o labirinto é impiedoso
Pedregoso e enfeitado de pregos subtis
Com máscaras principescas das vidas que aparenta
Num desfile prodigioso e odioso
Sem rumo...em busca do que me resta
Num corpo sequioso
Em ardilosa festa
Voltarei um dia,quem sabe
Mas irmãos...não se esqueçam...
"Levantem as vossas mãos para o Alto
Somos Guerreiros
Guerreiros do mundo
Como Trovão do Céu
Juramos lutar e morrer"...
Deambularei em busca do que pedi e do que perdi
Quiça do que nunca encontrarei
Mas...voltarei...
Música- Manowar in Warriors of the World
Voltarei um dia,quem sabe
Mas irmãos...não se esqueçam...
"Levantem as vossas mãos para o Alto
Somos Guerreiros
Guerreiros do mundo
Como Trovão do Céu
Juramos lutar e morrer"...
Deambularei em busca do que pedi e do que perdi
Quiça do que nunca encontrarei
Mas...voltarei...
Música- Manowar in Warriors of the World
25 comentários:
Adorei o post.Bem construido,belo poema e um bom fundo musical.Entrou em mim e aqui fiquei a ler e ouvir.
Lembrei-me de algo que já li por esses cantos virtuais.É um pouco longo ,mas é um tema que servirá de profunda reflexão.
Deixo-te então um Conto de uma descida ao inferno de Sheldon B. Kopp,que será postado em várias fases,pois é longo e a caixa dos coments não aceita.
"Em 1300 D. C. , por altura da Páscoa, o poeta florentino Dante Alighieri desceu ao Inferno.
Alguns dizem que a sua narrativa é apenas uma forma de expor os males sociais e políticos do seu tempo. Outros insistem que Dante representa a Humanidade, que a vida humana em si mesma é a jornada, e que o “Inferno é a morte que tem de preceder o renascimento”. É também possível ver a jornada como tendo lugar no espaço interior, como uma descida às profundezas da própria alma, e daí concluir que o Inferno é a própria alma pecadora.
Concordo com Eliot quando diz que o objectivo do poeta é expor uma visão… (e que) Dante, mais do que qualquer outro poeta, consegui elaborar a sua filosofia não como uma teoria… ou como um comentário ou reflexão, mas em termos de algo percebido de dentro.
No início da segunda metade da sua vida, na véspera de Sexta-Feira Santa, em 1300, Dante descobre que se desviou do Verdadeiro Caminho da vida religiosa, e que se perdeu na Floresta Escura do Erro, onde tem de passar uma noite horrível. Ao nascer do sol, cheio de esperança renovada, dispõe-se a subir o Monte da Alegria, apenas para verificar que está perdido e bloqueado pelas Três Bestas da Vida Terrena: o leopardo da malícia e da fraude, o leão da violência e da ambição, e a loba da luxúria...
... Aterrorizado, volta à floresta e cai no mais profundo desespero. É aí que a Sombra de Virgílio vem em seu auxílio. Explica-lhe que representa a Razão Humana e que foi enviada para afastar Dante do Erro, levando-o a seguir um outro caminho. Conduzirá Dante tão longe quanto a Razão Humana o permitir, e depois, entregá-lo-á a outro guia, Beatriz, que representa a revelação do Amor Divino. Virgílio indica o caminho e Dante segue-o.
Iniciam a descida às profundezas, pois é apenas através do reconhecimento do pecado que a purificação pode ter lugar. Chegado às Portas do Inferno, Dante lê uma inscrição gravada na pedra:
Aquele que aqui entrar deve abandonar toda a esperança
Passados os portões, entram numa sala cheia de barulho e confusão. Aqui estão as primeiras de todas as almas em tormento que Dante encontrará. Aqui estão os Oportunistas, aqueles que em vida não buscaram o bem nem o mal, aqueles que não eram leais a Deus nem a Satanás, mas apenas a si mesmos.
Aqui, no Inferno, terão de buscar, até à eternidade, algo que não conseguem alcançar, nem no Inferno nem fora dele.
Estes desgraçados nunca nascidos e nunca mortos corriam nus através de um enxame de vespas e moscardos e quanto mais fugissem mais eram picados. As suas faces derramavam gotas sangrentas de pus e lágrimas que gotejavam até aos seus pés, para aí serem engolidas por vermes e larvas repugnantes.
Devido à escuridão dos seus pecados, correm às cegas na escuridão. Assim como perseguiram todas as oportunidades em vida, têm agora de perseguir para sempre uma ânsia fugidia. Picados pelo aguilhão da consciência, e na morte alimentando os vermes, assim como em vida produziram imundície moral, são punidos de acordo com os seus pecados. Esta é a Lei da Retribuição Simbólica, a Lei Imutável do Inferno. A pena já está implícita em cada pecado. O castigo causa ao pecador um sofrimento que foi realmente provocado por ele próprio...
...Esta descida às profundezas da própria alma é a jornada de cada peregrino. Nenhum paciente em psicoterapia consegue recuperar a beleza e a inocência sem enfrentar primeiro a fealdade e a maldade dentro de si mesmo. Jung diz-nos que não ofendemos o diabo por lhe chamarmos neurose. A forma como vivemos, a experiência das nossas próprias almas pecadoras, continuam a ser o nosso único Inferno.
Um exemplo claro do tormento intrínseco ao comportamento neurótico está patente nas atitudes do paciente manipulador. O manipulador luta pelo poder de controlar outras pessoas, para não experimentar a sua própria impotência, e para conseguir escapar do medo de que os outros o manipulem. Confiar nos outros no passado, como ele teve de confiar enquanto criança, resultou na experiência de ser usado pelos outros, sem que alguém tivesse tido consideração pelo seu bem-estar ou pelos seus sentimentos. Como ninguém parecia preocupar-se com ele em criança, ele agora não se sente seguro a ponto de poder confiar nos outros. Daí que sinta que tem de ser ele próprio a tomar as rédeas e a manter tudo sob controlo.
O neurótico tenta, então, fazer com que as pessoas o tratem de maneira diferente. Mas descobre, assim como todos nós descobrimos, que não consegue obrigar ninguém a amá-lo. Temos de mostrar quem somos e arriscar. Claro que podemos dar uma impressão agradável aos outros, lisonjeá-los e consolá-los. Ou que podemos intimidar as outras pessoas, assustá-las e ameaçá-las. Mas a adulação ou a coerção não conseguem obter uma dádiva de amor...
...Podemos, em vez de amor, pedir uma recompensa pelo nosso bom comportamento. Mas ficamos depois condenados a viver com a sensação de que as pessoas, se nos conhecessem realmente como somos, não gostariam de nós. Se abrimos caminho à custa da opressão, temos de viver com medo da retaliação que ocorrerá se em qualquer ocasião baixarmos as nossas defesas.
Mas talvez a retribuição mais poética e mais simbólica por sermos manipuladores seja ficarmos completamente sujeitos às manipulações dos outros. O manipulado, que parece estar a ser levado pela nossa lisonja, é apenas outro manipulador que recompensa as nossas ofertas como forma de controlar o nosso comportamento. E aquele que cede às nossas ameaças está, certamente, apenas à espera de se rebelar de novo. A sua rendição é temporária e política, sem que nela esteja presente qualquer tipo de confiança amorosa e de entrega.
Como exemplo disto, Bertold Brecht conta algures a história de um camponês europeu apanhado nos horrores da invasão nazi. Um soldado nazi vem à sua casa de campo, arrasta-o para fora e diz-lhe: A partir de agora, quem manda aqui sou eu. Viverei na tua casa. Alimentar-me-ás e limparás as minhas botas todos os dias. Eu serei o senhor e tu o servo. Se não concordas, matar-te-ei. Submeter-te-ás a mim?
Sem responder, o camponês entrega a sua casa, alimenta o invasor diariamente e limpa as suas botas. Meses mais tarde, as forças aliadas de libertação vêm à aldeia e prendem o soldado. Enquanto os soldados aliados estão a levar o opressor para um campo de concentração, o camponês chega perto dele e, na sua cara, responde orgulhosamente: Não...
...As vítimas dos burlões são sempre aqueles ladrões secretos que esperam ter alguma coisa em troca de nada. O célebre psicólogo W.C. Fields costumava dizer: Não consegues enganar um homem honesto. Apenas o manipulador desonesto não consegue resistir à ilusão de acreditar que controla os outros e as situações e de que vai conseguir fazê-lo sem problemas.
Lembro-me de que quando comecei a exercer, tratava homens que “usavam” prostitutas. Para controlar essas mulheres davam-lhes algum dinheiro e elas faziam tudo o que eles quisessem. Podiam fazer com que uma prostituta realizasse não só qualquer fantasia sexual que eles ordenassem, mas também com que fosse simpática com eles. Se tais homens não conseguiam comprar amor, pelo menos conseguiam alugá-lo. As mulheres precisavam do dinheiro. Os homens possuíam-no. As mulheres tinham de submeter-se. Os homens eram insolentes, superiores, dominadores.
Mais tarde, comecei a tratar algumas prostitutas e dançarinas de strip-tease. Mostravam, claramente, que os “Zés” com quem negociavam eram estúpidos. Davam-lhes um pouco de excitação sexual e conseguiam que eles lhes dessem todo o dinheiro que tinham. Os homens eram tão fáceis de controlar. Agora sinto que é muito difícil identificar quem está a controlar e quem está a ser controlado. Quando tento ver quem é a vítima e quem é o criminoso num processo de manipulação, não consigo separar um do outro.
Dante descreve o Inferno como uma caverna em forma de cone, que desce até ao centro da Terra. Saliências circulares formam o seu interior: são os Círculos de Condenação. Descendo em direcção a este reino de noite eterna, Dante e Virgílio encontram, em cada saliência, as almas condenadas por pecados cada vez mais graves, cada grupo sendo atormentado para a Eternidade por castigos ironicamente apropriados.
Os Sensuais, que na vida traíram a razão por se submeterem aos apetites da carne e se abandonarem ao impulso selvagem das suas paixões, são punidos da mesma forma: estão obrigados a viver num círculo privado de luz, sujeitos para toda a Eternidade a uma infernal tormenta. Os Glutões que chafurdavam em comida e bebida, produzindo apenas lixo, têm, no Inferno, de chafurdar em num lamaçal pútrido, onde são lacerados violentamente por Cérbero, o cão glutão de três cabeças que habita as profundezas. Agora são eles a ser escravizados.
Açambarcadores e esbanjadores são divididos em dois grupos opostos, cada qual atirando contra o outro os Valores Ilusórios da Vida Terrena e entrechocando-se no centro. Nas águas imundas do Pântano do Estige, os Coléricos atacam-se uns aos outros e, na superfície da lama, surgem bolhas dos locais onde os Raivosos estão sepultados...
...Os Hereges, que na vida negaram a imortalidade, acreditando que, com o corpo, morre a alma, devem permanecer eternamente em sepulturas abertas, rodeados pelas chamas da Ira Divina. No Rio de Sangue Fervente jazem os Assassinos e os Tiranos, aqueles que em vida se espojaram no sangue dos outros, usando de violência contra os seus vizinhos.
Os Aproveitadores e os Sedutores, que usavam os outros para os seus próprios objectivos, são agora conduzidos por demónios de cornos, com chicote, que constantemente os forçam a apressar-se de forma a servirem os maus objectivos dos seus atormentadores. Os Aduladores pagam por terem enchido outros de falsos elogios, ao viverem para sempre num rio de excremento que parecia conter todas as latrinas do mundo… (para sempre) sujo de imundícies.
Os Hipócritas vão numa procissão lenta e sem fim. Como justiça poética, são sobrecarregados com capas de chumbo, deslumbrantemente douradas no exterior e cheias de pesos mortos no interior. Os Falsários, que em vida enganaram os sentidos dos seus semelhantes, têm agora os seus próprios sentidos ofendidos pela escuridão e pela sujidade, por terríveis sons e cheiros pestíferos. E aqueles que traíram pessoas com as quais tinham ligações especiais estão nas profundezas da culpa final, o túmulo das almas que negaram o amor e que, como tal, negaram Deus. No centro morto da terra, devem suportar o infernal lago de gelo da perda de todo o calor humano...
...Aí está Satanás, o Rei do Inferno. O bater das suas enormes asas lança o gelado Vento da Depravação, a respiração gélida do mal. Por ter ido ao centro do Mal e enfrentado cada pecado e as suas consequências, Dante pode ter esperança de purificar a sua alma. Apenas enfrentando a vida tal como ela é, podemos encontrar a salvação.
Na terapia, todos os pacientes começam por afirmar “Eu quero ser bom”. Se não conseguem sê-lo, é apenas por serem “inadequados”, por não se controlarem, por serem demasiadamente ansiosos, ou por sofrerem de impulsos inconscientes. Ser neurótico é ser capaz de agir com maldade, sem sentimento de responsabilidade pelo que se faz.
O terapeuta tem de tentar ajudar o paciente a ver que está errado, ou seja, que está a mentir quando diz que quer ser bom. O que ele realmente quer é ser mau. A moralidade é um assunto empírico. Pior ainda, ele quer ser mau de forma a ter uma desculpa para a sua irresponsabilidade, para poder dizer “Não consigo evitar fazer o mal”.
A sua única saída é ver que a peregrinação até à Cidade Divina tem de ser feita pela estrada do Inferno. Quando reivindicamos o mal em nós mesmos, já não precisamos de temer que ele se manifeste fora do nosso controlo. Um paciente inicia a terapia queixando- se de que não tem um bom relacionamento com as outras pessoas. Sem saber como, diz sempre a coisa errada e magoa os sentimentos dos outros. Na realidade, ele até uma boa pessoa; apenas tem este problema neurótico incontrolável. O que ele não quer saber é que a sua “hostilidade inconsciente” não é o problema mas sim a solução do problema. Ele não é, na verdade, um homem que quer ser bom. É um degenerado que quer magoar as outras pessoas, enquanto gosta de se ver a si mesmo como um bom rapaz...
...Se o terapeuta conseguir guiá-lo até ao fundo da sua própria alma má, então poderá haver esperança para ele. Quando este peregrino conseguir ver quão zangado e rancoroso é, poderá procurar a sua história e trazê-la à luz, em vez de estar condenado a revivê-la sem ter disso consciência. Nada de nós mesmos pode ser mudado antes de ser aceite primeiro. Jung chama a atenção para o facto de que o doente não tem de aprender a livrar- se da sua neurose mas aprender a viver com ela. Porque a doença não é um fardo supérfluo e sem sentido: a doença é ele próprio; ele próprio é o “outro” que está sempre a querer expulsar.
Se fugimos do mal existente em nós mesmos, corremos um sério risco. Todo o mal é uma energia vital potencial a precisar de ser transformada. Viver sem o potencial criativo da nossa própria destrutividade é o mesmo que ser um anjo de cartolina.
Dante desceu ao Abismo do Mal e teve de passar uma temporada no Inferno antes de poder subir e ser novamente iluminado pela Luz Divina. Não há nenhum pecado que ele não possa encontrar dentro de si mesmo. Ele é tão bom e tão mau como todos nós.
E se o leitor acreditar que alguns homens são melhores do que outros, sinto-me impelido a perguntar-lhe, em meu nome e em nome daqueles que acham que nunca tiveram uma intenção totalmente recta em todas as suas vidas: “Mesmo que um homem não seja bom, porque deveria ser abandonado?”
Um beijo doce e abraço que faça sorrir essa Alma maravilhosa
Adorei o tema musical:)
Olá Lucas:
Realmente comentários em cima de comentários.Dava um bom blog e uma boa postagem.
Um texto que dá que pensar sobre a vida.Fala de tudo um pouco,sem dúvida.
Cada fase da vida tem um inferno?
Mas são tantos infernos que descreves,não?
O meu Inferno é mais literário,embora descreva um pouco o que sinto,sobretudo fisicamente...
Beijinho e obrigada pela estima que tens pelas minhas leituras.
Voltarei a ler mais logo,com mais calmo e depois vou comentando cada comentário teu,ok?
Jitos aí para a terra do sol
Lucas:
Realmente o que escrevi está muito relacionado com o teu primeiro comentário.
É a descida ao inferno interior e sentem-se coisas muito estranhas e nada boas.mas tem que ser.Quando renascerei...não sei.Tenho a visão vermelha e nada límpida.
E o que piora são as dores físicas,sem dúvida.
Vamos andando...
Beijinho e obrigada
Lucas:
2º comentário:
Oportunistas somos todos...uns mais ,outros menos.Também acho que devemos ser leais a nós próprios .mas SEM COMPROMETER AS NOSSAS CONVICÇÕES.Por elas devemos lutar até ao último suspiro e sempre tendo como Estrela Guia o grande MESTRE...o verdadeiro,cujas palavras valem todo o ouro do Universo(visível e invísivel).
Leal aos pés de barro...nunca.
O que devo buscar no inferno, até à eternidade?Acho que a verdade...aquela que está em mim!A verdade de mim própria!Ou seja EU!
Essa visão está impecável...é quase isso que se sente.Dessa forma.É como se não fossemos nós.Mas sentes no corpo,parecem adagas afiadas.
Sim. o sofrimento é provovado por mim, no sentido que sou permissiva e muito,para que os sofrimentos comandem a minha vida.Um sofrimento que entra e contamina-me.Daí as dores...dores ,por vezes difíceis de suportar.São castigo sim.O castigo que eu própria crirei,como punição e carrego...mas sou eu que o faço.Preciso dessa penalização para crescer.
UM jito e obrigada pela ajuda na reflexão
Logo faço o resto
Lucas:
3º comentário:
A descida às profundezas é feita por mim própria.Desço até colocar os pés em "terra".A minha vontade assim permite.O corpo deu sinal e a mente também.Sinto a feladade.Feia e desgastada.Neurótica.Tudo me incomoda.Quero controlar e desgasto-me.Por vezes caio em terra e enterro a espada.Faço uma luta errada.Experimento a impotência e é horrível.São dores agudas.
Não sei se tenho medo dos que tentam manupular-me...Medo não.Sinto provocação...algo que não admito, pois "quero ser senhora de mim própria".Confi demais em terceiros sim,por vezes sinto-me usada, desconsiderada...mais desconsiderada e desafiada no meu domínio.O meu domínio sou eu própria.Por isso luto e canso-me.Mas não devia chgar a este ponto.Afinal a pessoa principal SOU EU.Soueu que tenho que me considerar e ser fiel a mim própria e aos meus sentimentos.Que ninguém se sinta na obrigação de me amar.Não quero .Não preciso disso.Não devo esperar nada!Nem de ninguém!Só de mim,porque afinal EU SOU...
Jito
Precisamos entrar mesmo nos nossos mundos internos para nos conhecermos, quando descemos aos nossos mundos infernos, só quando desbravamos a parte mais escura que temos podemos aspirar a procurar a luz a moldar a parte egoica, e procurar a morte segunda,estou convencida que vimos a este mundo para aprendizado, mas para aprendermos sobre nós que julgamos nos conhecer mas nem de longe nos passa pela cabeça o que somos de verdade ou o que podemos fazer se estivermos em determinada circunstancia.
E assim andamos na roda do sansara, passando por vários estágios.
adorei o teu poema
beijinhos
Lucas:
4º comentário:
Essa a de abrir caminho à custa da opressão...tem que se diga .Sim,pode trazer retaliação,mas também não.Depende.O pior é quando não se baixa as desfesas,mesmo prostrada!Isso causa muito sofrimento.Sei que não é o melhor caminho.
Nem manipulador,nem manipapulado.Mas torna-se difícil encontrar a harmonia.
Concordo que há que ter cuidado com as rendições políticas,diplomáicas.Por vezes é necessário esse tipo de rendição...mas olho aberto.
Desconfiados????
Beijinho doce
Lucas:
5º comentário:
Quem controla?Quem é controlado?
Há que observar muito bem.E sermos analíticos.Ouvir,ver,falar pouco,ouvir mais...
Também há quem seja manipulador e vítima ao mesmo tempo da manipulação.Uma estratégia para atingir um fim?Acho que sim.
Dante faz uma descrição muito geométrica do inferno,não?Vejo-o como um local estranho,inseguro,cheio de retaliações,e muito "ventoso".Agressivo,desprotegido,intimidador...
As almas condenadas deambulam e estorvam-se umas às outras.Agridem-se violentamente...intimidam os intrusos...
Quanto aos apetites da carne...o que é bom na terra,continua a ser depois da psassagem.Uma escravatura eterna,um tormento e longe do sossego e plenitude.Não há paz.É o extremo.Coléricos,impuros e revoltados.
Com uma força desmesurada...energética...
Beijinho doce
´Multiolhares:
Isso mesmo.São estágios.Vemos o negro e renascemos para a luz?
Um beijo doce
*
entre a Magia da Morte
e o Inferno do Lucas,
fico com os Dois,
gostei do teu post !
senti das palavras do Lucas !
,
grato fiquei .
,
conchinhas,
ficam, aqui !
,
*
Poetaeusou:~
Obrigada:)
Beijos
Lucas:
6º comentário:
Hereges,assassinos,tiranos...aqueles que substimaram os outros em vida.Seja de que forma for.
Aproveitadores e sedutores...os que minaram o caminho...aduladores,sem personalidade e vendilhões por "trinta dinheiros",comendo da mesma tigela e da mesma ração...hipócrates,fingidores e falsos....falsários,que caminham em zig zag...suportam o gelo,mas...a roda continua...
bj
Lucas:
7º comentário:
Rei do Infernos...UM, mas vários que deambulam,com grande força.
O melhor é mesmo descer e ter uma conversinha com eles...ou seja, sou má, perversa, fria ,cruel...
Depois logo se verá o desenrolar da conversa...há que ter força de vontade e ajuda...
Lucas:
8º comentário:
"Se fugimos do mal existente em nós mesmos, corremos um sério risco. Todo o mal é uma energia vital potencial a precisar de ser transformada. Viver sem o potencial criativo da nossa própria destrutividade é o mesmo que ser um anjo de cartolina."
E não queremos ser um anjinho para efeitar,não é?
Vale a pena conseguirmos ver as nossas potencilidades,no mal...-não que se ponha em prática,mas sabermos o que podemos ser.Não só meninos bonzinhos,mas podemos ser do pior que existe.
Agora...entre o ser o que queremos ser...vai um passo enorme,uma imensa escadaria que se sobe a grande custo e com grandes contratempos e tentações...
Um beijo
Lucas:
Relativamente ao papel do terapeuta...é claro que tem impportancia no processo.Mas nenhum terapeuta faz milagres.
O melhor terapeuta somos nós próprios e alguma leitura ajuda imenso.Depois é reflectir connosco ,conversarmos connnosco,fechar os olhos e descer...descer... até ao fundo.E lá em baixo é mau,mas está sempre "alguém" connosco...
Beijinho doce e bom fim de semana
vim visitar as tuas casinhas para ver as novidades,fiquei um pouco a deliciar-me com as mandalas e li e explicação de como se constroem em meditação e quando se acabam são desfeitas, desconhecia esses pormenores todos,adorei saber, sem duvida que os nossos cantinhos servem para muito mais do que passar tempo,existem momentos que saímos, mais fortes mentalmente e também mais cultos, sem falar nas amizades que se criam,desculpa o comentário tão grande mas fui escrevendo e...
beijinhos
Sua maluca a meter aqui Manowar he he he
Gostei muito do poema e a letra da musica de Manowar enquadrada nela.
Bem acolhedor, quente e magico.
Ainda bem q tás de volta em força :)
Grande beijo
D.
Dreamaster:
Maluca?
Então porque não Manowar?
Sempore gostei deles e tu sabes disso
jitos
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