07 dezembro 2011

JANELA DE ESTRELAS

Dou laços com os meus braços
Em redor do teu pescoço
Coração em infinitos abraços
Que se torna em calabouço

Em toques doces,por vezes amargos
Em figuras de esboço
Por ti quase morro
Prossigo e te escuto

Ou penso numa dança que nunca traio
Como uma voz larga só por dentro
Na vontade que abarca toda a ânsia
Na sedução plena de quem restringe
Entre beijos me tente
Da boca as palavras na alma
Que erra rumores imprevistos
E qual sulcos abertos
Que se lavra em desejos
Nunca vistos em flor de punho

Flor de punho apertado
Incitando a liberdade
Estampa de meu cunho em sabor propositado
E com tranças as bocas em amor
Crescendo em palavras não ocas
Tão puras e concretas
No sentir altivo
Sem línguas
Sem medo
Num sentido em oração feito credo
Descalço o imprevisto...
E só contigo me dispo e em ti me visto!

Assim é o Amor quando visto por uma janela contornada de estrelas ...