24 novembro 2008

BEIJO ...


Lábios molhados e frescos
Adocicados pelo vício salgado do corpo
Que levemente acaricia o teu rosto
E que num impulso suave do meu desejo
Ao percorrer o teu olhar
Vai habitar nesse teu fevoroso gosto
De mão dada neste meu eterno beijar
Num sussurro da aragem
Feito sopro de vida
Que embleza o meu pescoço
Abraça o meu corpo
E vai morar no meu peito
Num gesto carinhoso
Num abraço feroz de te querer amar
Beijo água que enlouquece e apazigua as emoções
Dos corpos vulcanizados pela paixão
Na crepitação do fogo eterno
Na posse hilariante
Nos braços de um doce amante
Em lábios suaves
Beijo galopante
Sabor de língua devassa...
Refrescante ...
Pecado?
Ou alimento?
Alimento do pecado?
Ou pecado que alimenta?
Beijo feito veneno?
Sem antídoto?
Morte lenta ou momento de não morte?
Eutanásia dos corpos físicos?
Inferno?
Exuberância?
Ou beleza do amor em som forte
Ilusão ?
Demência ...
Ou simplesmente o querer em fusão na sofreguidão em ebulição?

Ai beijo tão belo e terno ...
Ai caminho da pura vivência
Onde reside a mais bela emoção !...

10 novembro 2008

VÉU DO PRAZER

Escondo a minha alma
Sorrindo eternamente...
E neste véu de prazer
A subtileza do meu olhar
Nesta vontade permanente
Do meu doce beijar
E nesses braços que me aprisionam
A fortaleza do teu querer
Nesta ansia de parar
Sem nunca poder
Homem alado
Que me cobre de prazer
Meu bem amado
Que com gosto me fazes sofrer...