
Era uma vez uma princesa
Que afoitamente o seu palácio percorria
E com uma frágil lucerna acesa
Nas íngremes escadas corria
Procurava aquele que sumiu
Em profunda mágoa sentida
Pois desde aí, jamais sorriu
Entristecida por tão inesperada partida
Cansada no jardim se sentou
Fitando em suspiros o cintilante céu
Recordou que nunca mais cantou
Cobrindo o rosto com o seu fino véu
Da lucerna a vaga chama
Em espelho se transformou
Mirando de saudade aquele que ama
Lembrando-lhe que nunca mais regressou
Mas o espelho estalou
E a chama com vigor subiu
Naquele instante uma voz lhe falou
E finalmente alegre sorriu
Já de pé e virando-se
No seu guerreiro tocou
E os dois abraçando-se
Os seus lábios beijou
A lucerna já jazia no chão
E as estrelas embalavam o amor
Nunca mais houve separação
E a vida sorriu com eterno sabor
Do palácio uma luz vibrava
Vozes e música se ouviam
E no casamento que se celabrava
Os convidados felizes riam
O guerreiro e a princesa
Promessas imensas fizeram
E a luz da lucerna continua acesa
Nesta infinita União que celebram...
Música- Michael Bolton
in "A Love so Beautiful"